Dias atrás, numa daquelas noites muito quentes quando os termômetros insistiam em não abaixar, resolvi sair e comer um sanduíche. Daqueles, tão apetitosos quanto calóricos.

Resolvi ir à uma lanchonete bem tradicional, que começou de maneira rústica e insipiente, mas com o passar do tempo cresceu. Parei meu carro numa rua lateral e caminhei até lá, escolhi uma mesa, me sentei e esperei pelo atendimento.

Esqueci de dizer que esta mesa era muito próxima de um belo aparelho de TV. Me distrai assistindo uma novela da qual não sou seguidor enquanto esperava pelo atendimento.

No intervalo da novela resolvi observar o movimento da avenida enquanto esperava o atendimento.

Quando terminou o comercial e a novela "voltou" apareceu um jovem e me perguntou se alguém já havia me atendido, respondi que não na esperança de finalmente receber atendimento.

Mas por incrível que pareça a novela me distraiu e só me dei conta do tempo quando veio outro comercial, aí não queria mais atendimento. Me levantei, olhei para o caixa, para alguns atendentes e fui embora.

Poucos quarteirões dali entrei numa outra lanchonete onde fui abordado por uma gentil e simpática atendente que de pronto me perguntou:

"Em que posso lhe servir?"

Meus amigos, está passando da hora de entender que mercadorias não são mais vendidas. Hoje nós queremos serviços. Eu não fui em busca de lanche necessariamente, eu queria ser bem atendido primeiro depois matar a fome. Pessoas, antes de mais nada, querem encontrar pessoas, seja para qualquer tipo de serviço ou de mercadoria.

Se assim não fosse, bastaria pedir pela internet.

E você, vive se lamentando de maus atendimentos ou já resolveu se fidelizar aonde lhe tratam bem e lhe dão o seu devido valor?

Fulvio Ferreira - Conselheiro da CDL Uberaba

Empresário, palestrante e consultor em comércio varejista.

fulvioferreirapalestrante.blogspot.com

fulviopalestrante@outlook.com

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