Eu tenho certeza que você sabe que no próximo domingo, dia Sete de Setembro, será comemorado a Independência do Brasil. E também tenho certeza que você sabe de toda a história.

No Século XIX o conceito de independência talvez fosse limitado a tomar as decisões sem consultar a Corte, isto é, decidir o que era melhor ao país sem ter a necessidade de "pedir benção" à Portugal. É como um filho de 30 anos que possui casa e salário próprios ter a obrigação de pedir ao pai autorização para comprar qualquer coisa que precise; nos dias atuais isto é uma aberração.

Estamos em 2014, somos um País democrático e com garantias constitucionais de liberdade. Mas pergunto, em verdade que tanto somos livres? Nossas decisões se preocupam apenas com o nosso povo? Não sofremos nenhum tipo de interferência externa, seja política, seja financeira?

Já há algum tempo o mundo é globalizado. Isto significa dizer que os problemas de um país também são do outro. Mas os lucros de alguns países não são de todos. Sociabilizaram os problemas mas as vantagens continuam sendo individuais. Talvez este conceito "Globalização" seja a maneira atual e pós moderna de escravizar um povo. E esta imposição de dependência é tanto econômica, quanto cultural.

Por que alguns países podem se enveredar no mundo bélico e outros não? Por que a corrida atômica é lícita à alguns e a outros não? Por que alguns países podem manter subsídios à agricultura e estes mesmos países se queixam à ONU quando outros fazem o mesmo? A resposta é simples! Quando um país de terceiro mundo começa a incomodar os grandes aí a coisa muda. É a velha máxima, a bondade da Lei para os amigos e o peso dela para os inimigos. Na prática os países desenvolvidos vivem dizendo: "no meu Clube não há espaço para os novos, quem é rico e importante continuará sendo porque não há oportunidade para o ingresso de novas nações." E neste quesito o turn over é quase inexistente.

Então que tenhamos um bom domingo e que tenhamos boas reflexões sobre exatamente o que é "ser livre". E que em breve, apesar da falsa moralidade e da obrigatoriedade, possamos ir às urnas e dizer o que queremos! Talvez um dia possamos estudar de verdade e, quem sabe, as próximas gerações efetivamente se tornem livres. E que venha outro Pedro porque aquele tirou uma peia mas nos deixou a mercê de outras!

Fulvio Ferreira - Membro do Conselho Superior da CDL Uberaba. Depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas, AM-1120, de Uberaba-MG. Comerciante, palestrante e consultor em comércio varejista. fulvioferreirapalestrante.blogspot.com

Gostou? Compartilhe nas redes sociais.