Sou de uma geração que assistiu muitos filmes de faroeste. E que também leu livros de bolso do mesmo gênero.

As figuras do bandido e do mocinho eram comuns, faziam parte de todas as histórias.

Da mesma forma que as cidades fantasma também. Estas eram esquecidas, abandonadas e ficavam por lá;

Por conta da poeira, do vento e de alguns poucos moradores e comerciantes que resistiam às mazelas pelas quais passavam suas cidades.

Na primeira segunda-feira do mês eu passei pela principal avenida da cidade.

Confesso que caminhar por ela no perímetro central foi deprimente. Poucos carros e raras pessoas. Parecia feriado tamanha a falta de movimento. Poucas pessoas iam, poucas vinham e poucos carros passavam. Até os pontos de ônibus não estavam cheios.

E acrescento: este meu tour foi entre 15:30 e 17:30h.

No dia seguinte repeti este passeio e o fiz também de carro num trajeto maior. E a constatação foi a mesma. Parecia uma cidade fantasma, daquelas dos filmes de faroeste.

Ou, trazendo para o bom  "mineirês",  parecia uma "lá tinha": lá tinha uma loja, lá tinha uma farmácia, lá tinha uma padaria...

Tinha porque não tem mais. E não tem mais porque não há pessoas nem carros. E onde não há movimentação não há vida. E para deprimir mais ainda, placas e mais placas de aluga-se e vende-se.

Com tachões? Ou sem?

Com faixa exclusiva? Ou mista?

Qual a saída?

Não sei, mas proponho um fórum, um grande debate onde todos os envolvidos sejam ouvidos e onde não se tenha compromisso com o erro.

Porque como está não pode ficar. O tempo tem mostrado que a cada dia está ficando pior.

Ou será que nossa Leopoldino será palco de uma nova versão de faroeste?

Fulvio Ferreira – Conselheiro da CDL Uberaba

Comerciante, palestrante e consultor em comércio varejista.

fulvioferreirapalestrante.blogspot.com

 

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