Por Lúcio Castellano

Pesquisa realizada pela FCDL-MG mostrou que apenas 12% aderiram às campanhas de recuperação de crédito. Contudo, 57,8% quitaram suas dívidas.

O ano de 2017 começou carregado de responsabilidades, expectativas de crescimento econômico e com uma herança adquirida por meio de uma recessão que torna o desafio de reverter os efeitos negativos mais perpetuosos, porém, possíveis.

Para avaliar o comportamento do consumidor em relação às dívidas e ao seu sentimento como motivador de ações resolutivas, a FCDL-MG realizou uma pesquisa, no período de 01/12/2016 até o dia 02/01/2017 e aplicada com consumidores de 200 municípios de Minas Gerais por meio de um questionário online. O intervalo de confiança é de 90% e o erro amostral máximo, 6,2%.

O consumidor mostrou-se mais cauteloso e ciente de suas dívidas. “Conclui-se que ele pode estar mais informado e colocando na ponta do lápis suas despesas, ao mesmo tempo, com uma visão prospectiva cautelosa”, afirma o analista de mercado da FCDL-MG, Vinícius Carlos.

Segundo o analista, as campanhas de recuperação de crédito são uma excelente oportunidade para os consumidores quitarem suas dívidas. Porém, se feitas sem o devido planejamento financeiro, somente alimentam um ciclo que prejudica todo o avanço econômico. De acordo com a pesquisa feita pela Federação das CDLs mineiras, somente 12% dos consumidores aderiram a elas, mas 57,8% dos que aderiram quitaram suas dívidas.

“Estamos vivenciando a ascensão de movimentos que devem trazer desdobramentos extremamente interessantes. Fiquemos atentos”, afirma o presidente da FCDL-MG, Frank Sinatra.

Psicologia da dívida

O sentimento do consumidor em relação às suas dívidas também foi avaliado na pesquisa feita pela entidade.  Segundo Vinícius, a dívida afeta o cotidiano do consumidor que, por sua vez, tenta administrar até o momento da decisão de pagar ou não pagar. Dos entrevistados, 53,0% tentam liquidar as dívidas com o intuito de colocar a vida financeira em dia; 19,3% pensam em tirar o nome dos Serviços de Proteção ao Crédito e 18,1% querem liquidar suas dívidas para comprar mais.

Alguns consumidores comparam quitar as dívidas ao sentimento de desatar o nó da gravata no final de uma grande festa; 56,6% dos consumidores entrevistados sentiram-se aliviados ao pagarem o que deviam. Já 34,9% apresentaram aversão às dívidas respondendo, nesta questão aberta, a necessidade de seguir e manter um planejamento financeiro.

Fonte: Site FCDL-MG

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