Por Lúcio Castellano O resultado poderá ser o termômetro para as vendas do comércio ao longo do ano, principalmente em datas sazonais como Dia das Mães, Dia dos Namorados etc...

O volume de vendas parceladas na semana da Páscoa deste ano (entre 29 de março e 4 de abril) deve cair em relação à mesma semana do ano passado (entre 13 e 19 de abril). A expectativa foi traçada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Se as expectativas se confirmarem, as vendas devem apresentar a primeira queda em seis anos. Nos anos anteriores, as expansões foram de 2,55% (2014), 5,31% (2013), 4,84% (2012), 7,26% (2011) e de 4,50% (2010). Em Uberaba, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Miguel Faria, no entanto, disse que “ao contrário dos anos anteriores, o movimento de vendas para a data, o nível de comercialização deverá ser de estabilidade”.

Depois de destacar que, em primeiro lugar, “Páscoa significa passagem. É a celebração mais importante da Igreja Cristã, onde se comemora a ressurreição de Jesus Cristo”, o dirigente lojista citou que o período abre oportunidade de recuperação de vendas para alguns setores do comércio.

“Embora os ovos de chocolate ainda sejam o grande presente por excelência, vale  lembrar que, na Páscoa, os produtos com potencial grande de venda não se restringem apenas aos ovos e outros produtos de chocolate, mas também aos presentes em geral e a pescados, que as famílias consomem no almoço especial”, diz.

Miguel Faria disse esperar que todos possam comemorar a Páscoa em família. E que a data também seja boa para o comércio que, a exemplo de toda sociedade, segundo ele, passa por um momento de transição na área econômica, ao dizer que “a área comercial é a principal a porta do primeiro emprego, além de ser uma das principais fontes de renda e empregadora do País”.

“A Páscoa é a primeira data importante do ano para o comércio. As vendas, realmente, serão um termômetro de como será a expectativa para as próximas comemorações. Esperamos que a comercialização possa atingir números positivos ao longo do ano, desde o Dia das Mães, em maio, passando pelo Dia dos Namorados, em junho, Dia dos Pais, em agosto, até o Natal,  em benefício, não apenas do setor do comércio, mas, à economia nacional, como um todo”, acrescentou.

Para Miguel Faria, o momento é de muita cautela. E acentuou: “O consumidor está preocupado em evitar compras parceladas de longo prazo, devido às taxas de juros elevadas. O reajuste dos combustíveis reflete diretamente no bolso do brasileiro. Todo mundo tem carro e precisa se locomover. Algumas medidas econômicas adotadas pelo governo trouxeram um retrocesso. A recomendação é que o consumidor não firme compromissos que ultrapassem 30% da renda mensal. O comerciante, por sua vez, deve ficar sempre bem atento ao crediário, cadastro e cobrança. A boa venda inicia, geralmente, com um bem atualizado processo cadastral, para que a inadimplência fique dentro dos patamares aceitáveis. A consulta ao SPC Uberaba, mantido pelas parceiras CDL e Aciu (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba), é fundamental”.

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