Por Lúcio Castellano
Entre as pessoas que usam o limite do cheque especial, 40% fazem isso todos os meses. É o que aponta pesquisa divulgada esse mês pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Outros 30% dizem que usam a cada 2 ou 3 meses.
O presidente da CDL Uberaba, Angelo Crema, observa que a pesquisa entrevistou consumidores das 27 capitais brasileiras. “Nós apuramos números muito preocupantes, apesar de os economistas orientarem para que as pessoas tenham cuidado com os altos juros que estão embutidos nesse tipo de empréstimo”, diz, ao citar que a taxa pode chegar a 320% ao ano. Por isso, de acordo com o dirigente lojista, como que uma “bola de neve”, a pessoa acaba não conseguindo pagar.
Ele admite que, pelo interior do País, também ocorre situação semelhante, por exemplo, Uberaba, onde Crema acredita que a inadimplência fique entre 17% e 20% de emitentes que não conseguem quitar dívidas feitas com cheque especial. “Acabam incluídos no cadastro de CPF negativado”, diz.
A CDL Uberaba, através do SPC, dá toda segurança às empresas associadas em suas vendas através de crediário próprio. Assim, protege o consumidor de juros altos que incidem sobre o cheque especial. A sugestão é que, na medida do possível, o cliente faça compras à vista ou pelo crediário próprio da loja, ao observar, por fim, que cartão de crédito “também carrega uma carga de juros altíssima”.
Recomendações especiais. O cheque especial é uma linha de crédito pré-aprovada oferecida pelos bancos. O cliente acaba caindo nessa modalidade geralmente de forma automática, quando não tem saldo suficiente para cobrir os gastos de sua conta. O problema é que o cheque especial é conhecido por ter a taxa de juros mais alta entre as opções de crédito do mercado, de mais de 300% ao ano. O cliente acaba caindo no cheque especial geralmente de forma automática, quando não tem saldo suficiente para cobrir os gastos de sua conta. Recomenda-se que a opção do cheque especial seja utilizada somente em último caso, pois a taxa de juros cobrada por essa modalidade de crédito é bastante elevada.