O primeiro ciclo econômico do Brasil, após o “descobrimento” em 1500, foi do pau brasil. Essa atividade foi extrativista e contou com a mão-de-obra indígena. O segundo ciclo econômico foi a cana-de-açúcar, com primazia no nordeste e com base na mão-de-obra escrava. O ciclo seguinte foi o do ouro e depois do café .
No Século XIX os fazendeiros do nordeste, muitos em sérias dificuldades, mantinham seus impérios e muita influência política. Os produtores de café do Sudeste, novos ricos, reivindicavam maior influência política. Enquanto isso o Imperador D. Pedro II não escondia a sua insatisfação com a escravidão e dava mostras inequívocas de ser abolicionista; aliás, ele e sua família. Por diversas vezes ele alforriava escravos com os seus próprios recursos.
As mulheres da família real e outras tantas, todas abolicionistas, não raro eram vistas usando em suas roupas uma camélia, flor de origem japonesa e que era símbolo da causa. Em 1888 o Movimento atingiu o ápice; pessoas de todas as classes reivindicavam o fim da escravidão. Vale destacar que o Segundo Reinado, tendo Dom Pedro II como imperador, foi gradualmente abolindo a escravidão. A Lei Eusébio de Queiroz, de 1850, proibiu a entrada de africanos escravizados no Brasil; a Lei do Ventre Livre, de 1871, libertou todas as crianças nascidas de mães escravas a partir de então e a Lei dos Sexagenários, de 1885, tornou livre todos os escravos com sessenta anos de idade ou mais. Apesar destes avanços os escravocratas não admitiam que a liberdade estava iminente.
Em 13 maio de 1888, a Princesa Isabel, então com 41 anos assinou a Lei Áurea. Vale destacar que ela estava à frente do Governo visto que o seu pai, Dom Pedro II, estava em viagem. A alegria foi geral. A Princesa Isabel foi aclamada como a Redentora, sendo uma mulher avançada e ousada, como a princesa governante que teve a coragem de reconhecer que somos uma só raça e um só povo. Pouco tempo depois alguns latifundiários, políticos, empresários e outros escravocratas se uniram aos liberais e derrubaram o império impondo um golpe à monarquia. Disse a Princesa Isabel: “Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu perderia para por fim à escravidão. ”Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Rafaela Gonzaga de Boubon-Duas Sicílias e Bragança, conhecida como Princesa Isabel,
a Redentora, morreu em Paris, no exílio, em 14 de novembro de 1921, ou seja, há exatamente 100 anos.
A ela a nossa homenagem, o nosso respeito e a nossa gratidão!
Fulvio Ferreira - presidente do Conselho Superior da CDL Uberaba  
Empresário, palestrante e treinador de equipes.www.fulvioferreira.com.br

Gostou? Compartilhe nas redes sociais.