As obras de contenção de enchentes no centro de Uberaba e que afetam diretamente o funcionamento de 180 estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços associados à CDL Uberaba, levou a Diretoria da entidade a lançar, com o apoio da CTBC, a partir do dia 1º deste mês e estendendo-se até o final de agosto, uma campanha especial e imediata em apoio aos mesmos. Iniciativa tem merecido divulgação por toda mídia impressa e eletrônica local e regional. Dentre as divulgações, a proporcionada pela Rede Integração de Televisão/Afiliada à Rede Globo que, hoje, é reproduzida no Informe Eletrônico Nacional da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), conforme abaixo.

Comerciantes reclamam de prejuízos com obras do Água Viva em Uberaba Numa loja de acessórios as vendas caíram 70%, de acordo com a gerente. CDL criou campanha para quem priorizar o comércio do Centro da cidade.

Além de alterar o trânsito no Centro de Uberaba, no Triângulo Mineiro, as obras do projeto Água Viva estão trazendo reflexo negativo para o comércio da região, segundo os empresários. Com o fim das vagas de estacionamento nas ruas e a necessidade de rotas alternativas a quantidade de pessoas procurando o comércio do Centro diminuiu.

A segunda etapa da macrodrenagem só deve terminar no fim de agosto. Para atrair o cliente, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) preparou uma campanha. Quem priorizar o comércio do Centro vai concorrer a prêmios: são nove notebooks e três tabletes. "Essas lojas já estão participando da campanha que vai premiar somente os clientes que comprarem nos estabelecimentos do Centro", explicou o presidente da CDL, Fúlvio Ferreira.

Em 22 anos de atividade, a comerciante Aparecida Mitiko Kobayashi nunca tinha vivido uma crise como esta. O movimento na lanchonete caiu 40% desde que a Avenida Leopoldino de Oliveira foi fechada para as obras. Nós não vamos contratar e ainda vamos antecipar as férias, contou.

Já são três semanas de interdição e o cliente está fugindo do caos que virou o Centro da cidade. Muitos comerciantes preferiram fechar as portas. Um estacionamento só vai retornar os trabalhos após as obras do Água Viva. "Eu mesma já desisti de fazer as coisas por não ter onde estacionar o carro", disse a esteticista Vânia Oliver.

A situação é muito pior para aquele comércio que está bem em frente à obra. É difícil atender quem entra por causa do barulho e ainda tem a poeira. As vendas caíram 70% em uma loja de acessórios. "Não tem mais estacionamento, o cliente fixo não vem mais, passou a vir apenas uma vez por mês. Está bem complicado", contou a gerente Josiane Cristina de Oliveira.

Na loja do empresário Luís Cláudio Machado, para evitar demissões, duas funcionárias entraram em férias. Ele espera que a campanha traga resultados e já está preocupado em como vai ser a preparação do comércio para o fim do ano. "Nós já compramos antecipadamente as coleções e ficamos com dificuldade de fazer bons negócios na perspectiva de que não tenhamos um bom Natal por causa das obras", finalizou.

Presidente da CDL, Fúlvio Ferreira, cuja loja está na área das obras, participa da Campanha Comércio Ativo
Presidente da CDL, Fúlvio Ferreira, cuja loja está na área das obras, participa da Campanha Comércio Ativo

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