Cartão credSob pressão do governo e dos órgãos de defesa do consumidor, as operadoras de cartão de crédito e débito já aceitaram reduzir o número de tarifas cobradas pelos seus serviços. Hoje, segundo o Ministério da Justiça, existem mais de 50 taxas no mercado - com nomenclaturas que muitas vezes não deixam claro o objetivo, como cash money, ou configuram cobrança dupla. Trata-se de uma enormidade de tarifas se comparadas às atuais 31 aplicadas pelo setor bancário, cuja carteira de serviços é bem mais ampla.

Agora, adiantou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Paulo Rogério Caffarelli, o setor poderá reduzir para entre 20 e 30 o número de tarifas, além de buscar a padronização de cada uma. Ou seja, as empresas de cartões terão de usar os mesmos nomes nas taxas, facilitando a vida do consumidor na hora de fazer comparações de preços. "Vamos pegar uma carona na Resolução 3.518", resumiu o executivo, referindo-se às regras criadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para padronizar as tarifas bancárias, implementadas pelo Banco Central (BC). A existência de um número recorde de tarifas cobradas hoje pelos cartões é um dos principais nós que o governo quer desatar e, para isso, prepara regulação ampla do setor, que movimenta quase R$ 550 bilhões por ano. O BC e os ministérios da Justiça e da Fazenda são os responsáveis por essa ação.

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