Por Lúcio Castellano
O setor lojista também deve se beneficiar da redução de juros anunciadas
pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal para estimular consumo.
Opinião é do presidente da CDL Uberaba . Para Fúlvio Ferreira as reduções nas taxas de juros anunciadas pelas duas instituições bancárias indicam a possibilidade de antecipar o aquecimento nas vendas que o comércio esperava para o segundo semestre do ano.
“A decisão do BB e da CEF é muito boa para todos os seguimentos
produtivos. Acreditamos, agora, que idêntica medida seja adotada pelos
bancos privados”, observa o dirigente lojista.
Outra expectativa do segmento lojista é que as concessões de crédito a
juros mais vantajosos gerem um ambiente com mais capacidade de
investimentos e presença de capital de giro para as micro e pequenas
empresas.
De outra parte, Fúlvio Ferreira diz acreditar que, com juros menores, porexemplo, no cheque especial, “certamente teremos uma revitalização muito boa para o instrumento cheque”, sendo mais utilizado pelos correntistas e consumidores, na medida do volume atual atingido pelo cartão de crédito e nota promissória. "O recebimento com cheque é muito dinâmico”, finaliza o presidente da CDL Uberaba.
As condições
A CEF passou a usar novas taxas, com destaque para o cheque especial, cuja
taxa mínima cai de 1,37% ao mês para 1,28%, e a taxa máxima cede dos
atuais 6,89% ao mês para 6,83%. Na antecipação de restituição do Imposto
de Renda a redução foi de 2,19% ao mês para 2,07%, e no financiamento de
veículos a taxa baixou de 1,73% para 1,68% ao mês. Nas operações com
empresas, as maiores reduções são para cheque especial e desconto de
duplicata. A taxa atual, de 2,15% ao mês no cheque especial, cai para
2,04%, e no desconto de duplicatas a taxa hoje vigente, de 2,59% ao mês,
baixa para 2,48%. O Banco do Brasil anunciou redução dos encargos
financeiros praticados em diferentes linhas de crédito, para pessoas
físicas e jurídicas. Destaque para a redução do cheque ouro empresarial,
que teve a taxa mínima reduzida de 5,23% para 5,11% ao mês, enquanto a
taxa máxima cede de 7,81% para 7,69%. Nas linhas de crédito fixo e
rotativo para pessoas físicas, as taxas foram reduzidas nas diferentes
modalidades, com destaque para o cheque especial, que cai dos atuais 7,91% ao mês para 7,85%.