Por Lúcio Castellano

O Movimento Lojista  encaminha manifestações em todo País para dar início a uma mobilização contrária a qualquer aumento de carga tributária e criação de quaisquer outros impostos que venham sobrecarregar ainda mais o setor empresarial e a população brasileira

A CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas) critica o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), prevista no pacote de ajustes fiscais anunciado na última segunda-feira pelo Governo Federal.  A entidade entende que a criação de mais um imposto num país com uma alta carga tributária, principalmente, em tempos de crise, irá sobrecarregar não só as empresas como o setor produtivo como um todo, incluindo os trabalhadores.

De acordo com o presidente da CDL Uberaba e vice-presidente da Federação das CDLs de Minas Gerais, Miguel Faria, o Movimento Lojista já está se mobilizando junto às federações estaduais, além da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), para que a medida não seja aprovada no Congresso Nacional, onde já recebe rejeição também por parte de parlamentares tanto da oposição quanto da base governista, segundo os noticiários mais recentes.

“Somos contra qualquer proposta que aumenta tributos. Já somos o país que mais cobra impostos no mundo. Nesse momento, nós temos certeza que o governo federal tem gorduras para queimar. Quanto a nossa presidente (Dilma Rousseff) estava em campanha política, ela comentou que não iria recriar a CPMF, pois tudo estava sob controle”, expôs Miguel Faria.

O dirigente lojista, em seguida, defendeu a adoção de “cortes e adequações” nas três esferas da administração pública, além do combate a mordomias do Congresso Nacional. O Movimento Lojista entende, ainda, como fundamental a redução e/ou fusão de ministérios também para reduzir custos da máquina pública, o mesmo em relação às administrações estaduais e municipais. “A máquina pública precisa operar com menos pessoas e mais eficiência. Com a tecnologia da informação tem como desburocratizar e reduzir impostos e principalmente fazer com que os governos enxuguem suas estruturas administrativas. Não dá mais para pagar mais impostos”, diz.

Perda de competitividade

A CPMF, com a alíquota de 0,2% ou mais, segundo o dirigente lojista, gera um expressivo efeito cascata afetando o processo inflacionário. “Somos contra qualquer proposta que aumenta tributos. Já somos o país que mais cobra impostos no mundo. Nesse momento, nós temos certeza que o governo federal tem gorduras para queimar. Quanto a nossa presidente estava em campanha política ela comentou que não iria recriar a CPMF, pois tudo estava sob controle. Com mais impostos é menor grau de competitividade do Brasil, aliado ao perigo do processo inflacionário, diante do aumento de custos da cadeia produtiva e o fantasma do desemprego. Temos outras formas para fazer o Brasil crescer e acertar as contas públicas,. Vamos lutar para que o Congresso não aumente a já pesada carga tributária brasileira”, comentou.

Miguel Faria acentuou que o setor de varejo defende que o governo busque outras formas para fazer o Brasil crescer e acertar as contas públicas. “Vamos lutar para que o Congresso não aumente a já pesada carga tributária brasileira”, finalizou.

Estatísticas

O Movimento Lojista Nacional é integrado por 27 Federações e mais de 1.400 Câmaras de Dirigentes Lojistas que congregam mais de 450 mil empresas associadas, com a geração de mais de 2 milhões de empregos. O  Brasil tem uma das maiores taxas de impostos sobre empresas do mundo de acordo com um levantamento da PwC em 189 países. Em um ano o brasileiro trabalha cinco meses somente para pagar os impostos. E uma para pagar o ICMS. Segundo o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), o brasileiro gasta uma média de 150 dias por ano trabalhando só para pagar impostos. Em 2013, os tributos comprometeram cerca de 41% da renda do trabalhador. Entre os impostos que mais pesaram sobre os contribuintes, o campeão foi o ICMS, responsável por 21% do total, seguido por INSS e IR, com 18% e 17%, respectivamente.

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