Por Lúcio Castellano, com informações e fotos dos sites da CNDL e FCDL-MG

Representantes do varejo brasileiro se unem contra a CPMF e a favor de trabalho intermitente

Dirigentes lojistas de Minas e dos outros estados do Brasil estiveram reunidos nos dias 27 e 28 de outubro, em Brasília, para discutir sobre produtividade e inovação no varejo brasileiro. A CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas) esteve representada pelo presidente Miguel Faria, que é também vice-presidente da FCDL-MG (Federação das CDLs de Minas Gerais). A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e a CDL DF (Câmara de Dirigentes Lojistas do Distrito Federal) realizaram a segunda edição do Fórum Nacional do Comércio.

O presidente da CNDL, Honório Pinheiro, destacou que o objetivo do setor do varejo é de lutar por conquistas que serão impossíveis sem a união do setor, que foi comemorada com a realização do fórum.  Para ele, esse encontro de negócios veio em boa hora, se não para mostrar, para apontar novos caminhos, destacar e prever tendências para repensar em o varejo e buscar alternativas para estimular a economia nacional, que anda mesmo precisando.

Com a participação de cerca de 600 líderes de negócios de todo o País, um dos temas principais do evento focou as inovações em políticas de crédito e no respeito amplo ao consumidor nas relações comerciais. “As altas taxas de juros, acima de 400% nos cartões de crédito, e 296% no cheque especial”, de acordo com Miguel Faria, foi apontado como um dos itens que mais têm preocupado o segmento do comércio e serviços, no momento, com grande influência negativa no movimento de vendas.

A importância da regulamentação do trabalho intermitente no Congresso Nacional foi, também, amplamente debatida no evento. A jornada intermitente é uma jornada móvel. Com ela, haverá a possibilidade do empregado se adequar as demandas do empregador e vice-versa.  “Totalmente defasada, nossa legislação é de 1942 e focada na indústria e não no setor de comércio e serviços, que hoje é um dos principais geradores de emprego do Brasil. Vamos lutar no Congresso pela normatização da jornada intermitente e demonstrar a necessidade da utilização da jornada móvel e da jornada reduzida de trabalho”, diz Miguel Faria.

No fórum foi ratificado posicionamento contrário ao retorno da CPMF. "Não aceitamos mais impostos. Sabemos do grande rombo da Previdência, mas não podemos pagar por isso. Nossas lideranças estão reunidas semanalmente com a nossa Frente Parlamentar, que hoje tem a participação de 21 senadores e mais de 200 deputados, para influenciar nas pautas que irão beneficiar ou prejudicar o varejo nacional", concluiu.

Força em números

Durante o fórum, também foi falado sobre a criação da UNECS (União Nacional das Entidades do Comércio e Serviços) que é formada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP), Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB) e Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). São sete das maiores instituições brasileiras representativas de seus respectivos segmentos.

A UNECS surgiu em 2014. As sete entidades representam, em conjunto, um faturamento de R$ 1 trilhão de reais, com geração de 9,91 milhões de empregos diretos no País, o que corresponde a 20% dos empregos formais. Além disso, a UNECS é responsável por 64,9% das operações de cartão de crédito e débito no Brasil.

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