Miguel explica que o comércio sai prejudicado com feriados prolongados
Para muitos o feriado é um dia bastante desejado, principalmente para descanso, mas para o comércio folga em excesso pode prejudicar a economia do município. O assunto volta a ser alvo de discussões em Uberaba, pois foi levantada a possibilidade de mudar, novamente, o aniversário da cidade, atualmente comemorado no dia 2 de março, para o dia 2 de maio. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) discorda da alteração e explica os motivos.
De acordo com o presidente da entidade, Miguel Haroldo de Faria, a alteração da data do aniversário de Uberaba é um assunto que deve ser discutido amplamente, pois não é uma simples alteração de recesso, podendo significar mudanças no movimento do comércio varejista da cidade. “Somos a favor da permanência no dia 2 de março, pois o mês de maio é o mês das mães, além de ser período da ExpoZebu, portanto, época de muitas vendas, e dois feriados próximos não seria positivo para o comércio, já que as lojas ficariam fechadas por muito tempo. O que pode ser ainda pior caso o feriado caia em uma terça-feira ou quinta-feira, esticando mais ainda a folga. E como todos sabemos, com o ponto facultativo (sexta ou segunda-feira) o movimento sempre é mais fraco”, explicou Miguel, ressaltando que para economia da cidade seria muito ruim a volta deste feriado para maio.
O presidente da CDL lembrou ainda que no mês de maio o movimento de turistas em Uberaba, por conta da ExpoZebu, é bastante intenso. E com certeza seria prejudicial para a cidade que os visitantes chegassem aqui em busca de lembranças e encontrassem todas as lojas fechadas. Vale lembrar que o comércio de Uberaba já enfrenta problemas com os feriados no mês de novembro: 2 de novembro (Finados); dia 15 (Proclamação da República), e dia 20 (Consciência Negra).
Existe uma ideia, que vem sendo discutida em todo o país, para que os feriados sejam fixados em um dia da semana, isto é, na terceira segunda-feira do mês, por exemplo, como acontece com a Dia das Mães e dos Pais, os problemas seriam menores. Assim, não correria o risco de a data cair em uma quinta ou terça-feira, “quebrando” o ritmo das atividades do comércio, com os tradicionais prolongamentos. (GS)
A reportagem é da Jornalista Geórgia Santos/Jornal da Manhã e Rádio JM
Foto: Jairo Chagas/JM