Durante a abertura das apresentações do dia, uma “Keynote Session”, discutiram-se os erros que os varejistas estão cometendo em seu processo de internacionalização e como corrigi-los. A palestra foi útil também para varejistas que estão saindo suas cidades ou estados de origem, e migrando para regiões do mesmo país que tem características sociais e culturais diferentes daquelas onde a empresa começou.
As principais recomendações para as empresas que estão se movendo ou pretendem fazê-lo foram: mantenha sempre a integridade da marca, não menospreze a concorrência local, entenda o ambiental social e os hábitos de consumo locais e tenha uma estratégia clara de entrada no novo mercado.
Comércio Eletrônico
A apresentação a seguir teve como título “O que a Amazon não pode fazer. Ainda...” cujo objetivo foi mostrar como os varejistas que operam no mundo real podem se defender das ameaças do comércio eletrônico. Para isso foi feita uma pesquisa com 1.700 consumidores com o objetivo de avaliar o que esses consumidores valorizam na Amazon e o que eles valorizam nas lojas tradicionais.
A Amazon ocupa o 8o lugar entre as maiores empresas americanas, tem 180 milhões de clientes e movimentou no ano passado 3,5 bilhões de itens. É a empresa com o melhor sistema de logística do país e é capaz de entregar as mercadorias que vende, em média, em dois dias, mas trabalha para passar essa média em 2 anos para 1 dia e em seguida para entrega no mesmo dia.
Em 90% das entregas a Amazon não cobra frete. Quando ela não tem um produto para entregar, aciona um de seus parceiros. Quando o cliente acha que o produto que está sendo ofertado é caro, a Amazon disponibiliza várias opções de produtos novos mais baratos ou mesmo de produtos usados em bom estado.
A pesquisa mostrou que as pessoas aceitam o comércio eletrônico com mais facilidade são aquelas com menos de 30 anos. Já as pessoas acima de 50 anos tem preferência pelas lojas tradicionais. Além disso, dois fatores que mais atraem os clientes da Amazon são a conveniência de fechar a compra em 5 minutos e a possibilidade de comparar preços.
Ainda de acordo com o levantamento, os consumidores que preferem as lojas tradicionais são por elas atraídos pela possibilidade de obter a posse imediata da compra e pela liberdade de tocar e sentir o produto. Existem dois aspectos que precisam ser considerados como conclusão da pesquisa:
1. Como o comércio eletrônico atrai os mais jovens, no medida em que eles forem ficando com mais idade a forma de comprar usando dispositivos móveis já se institucionalizou nessa geração, Aqueles que vem a seguir provavelmente pensarão como seus antepassados e o número de pessoas dispostas a comprar on-line só vai aumentar.
2. Diante desse cenário as lojas tradicionais precisam evoluir naquilo que os seus clientes consideram seus atributos mais importantes: a posse imediata (sortimento adequado ao público e eliminação da quebra de estoques) e a liberdade de tocar e sentir o produto. Essas lojas precisam usar essas características como forma de cativar as pessoas para que elas voltem diante de boa experiência anterior.
O objetivo da última palestra do dia foi mostrar aos varejistas on-line ou tradicionais como eles podem concorrer com a Amazon. As recomendações foram as seguintes:
1. As marcas próprias, desde que adequadamente protegidas, podem fazer a diferença; 2. Uma forma de vender mais é atingir países onde a Amazon ainda não atua: o Brasil, por exemplo. 3. Use a loja como ponto de atração. 4. Tenha a mercadoria que o cliente quer e se a venda for on-line faça a entrega no mesmo dia. 5. A Amazon não evoluiu na maneira de mostrar os produtos que vende. Use suas apresentações como importa arma de diferenciação. 6. Se de todo você não conseguir bater a Amazon, una-se a ela.
Fonte: Portal CNDL