Por Lúcio Castellano

Para a CDL, trata-se de um grande fato para movimentação dos negócios e compras, com a expectativa de que o setor será o maior beneficiado

A liberação do saque do FGTS e cotas do PIS-Pasep por parte do governo Federal aos trabalhadores brasileiros, que poderão sacar até R$ 500 a partir de 13 de setembro [sexta-feira da próxima semana], para quem tem conta na Caixa Econômica Federal, e 18 do mesmo mês, para quem não possui conta, já deixa animados os lojistas uberabenses. Poderá ser uma chance real de crescimento nas vendas, emendando com os meses de outubro, novembro e dezembro, considerado “pico” dos negócios no comércio.

O presidente da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas), Angelo Crema, observa que, até há umas duas semanas, alguns economistas admitiam que o Brasil entraria numa recessão técnica. E assinala: “Nós estamos numa dificuldade com três meses de crescimento negativo –ou de não crescimento--, e no período com o PIB zerado ou abaixo de zero. É interessante a volta que se deu nos dois últimos meses, com crescimento de (+) 0,4% nas vendas, conforme apurado SPC Uberaba. É um percentual pequeno, mas que traduz o início de incremento nos negócios”.

Aliado a esse desempenho favorável, Crema se diz otimista com a proximidade da liberação de recursos do Fundo de Garantia e do PIS/Pasep. Os R$ 500,00 por pessoa, segundo ele, proporciona no montante geral o ingresso de bilhões de reais no mercado. Espera que boa parte do dinheiro seja utilizada para negociação de dívidas atrasadas de consumidores junto ao setor comercial e desta forma promover a exclusão de devedores na lista do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).

“Com a renegociação e/ou quitação, muitos adimplentes poderão voltar às compras novamente pelo crediário”, cita Crema, para quem seria mais interessante, em primeiro lugar, o consumidor quitar dívidas que têm juros mais altos. Depois, voltar a comprar. Se ficou muito tempo registrado como inadimplente, com certeza, a pessoa pode estar precisando comprar algo. Então isso só vem beneficiar o comércio. É um momento muito positivo e que fará crescer as vendas no nosso segmento”, acrescenta o dirigente lojista.

Ao finalizar, Crema ressalta que essa “animação” da liberação dos recursos por parte do governo Federal, além de gerar o aquecimento da economia deve impulsionar as vendas do fim de ano, considerado o “ápice” do comércio, período em que são contratados novos trabalhadores, diante dos chamados “empregos temporários”.


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