Segundo o levantamento, que entrevistou 642 pessoas, um terço dos consumidores não sabe o limite do cartão.

Mais de 90% dos consumidores desconhecem a taxa de juros cobrada no cartão de crédito quando optam por pagar o valor mínimo da fatura.

É o que mostra uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Segundo o levantamento, que entrevistou 642 pessoas, um terço dos consumidores não sabe o limite do cartão.

De acordo com a pesquisa, pouco mais da metade dos entrevistados (53%) possui cartão, com uma média de quase dois por pessoa.

Desse grupo, 47% afirmam parcelar compras pelo menos uma vez por mês, principalmente ao adquirir roupas, calçados e eletrodomésticos.

O principal problema ao usar o cartão de crédito, segundo os especialistas, é deixar de pagar a fatura ou apenas quitar o valor mínimo.

Com isso, o consumidor entra no chamado rotativo, linha de crédito pré-aprovada no cartão. A modalidade é uma das mais caras do mercado, ao lado do cheque especial.

Em abril, a taxa anualizada de juros do rotativo alcançou o patamar de 347,5%, segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC).

Em uma fatura de R$ 3.000, se o consumidor optar por pagar 20% desse valor (R$ 600) - considerando a taxa anual de 347,5% -, ao final de sete parcelas, a dívida será quitada por R$ 4.251,35, o que representa mais de R$ 1.200 somente de juros, conforme cálculos feitos na Calculadora do Cidadão, disponibilizada no site do BC.

Ainda de acordo com o levantamento do SPC, a segurança é a principal vantagem apontada por 34% dos consumidores para usar o cartão de crédito. A possibilidade de parcelar o valor das compras é citada por 25% dos ouvidos.

Além disso, 12% consideram positivo o fato de o cartão ter um prazo maior para pagar as compras. Entre as desvantagens, o risco de gastar mais do que pode é o principal item citado pelos consumidores - 93% apontam esse problema.

A pesquisa foi realizada com 642 consumidores de todas as capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos. A margem de erro é de 3,8 pontos percentuais.

Fonte: SPC Brasil

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