Por Lúcio Castellano

Presidente da CDL Uberaba vê pontos positivos em encontro virtual do ministro Paulo Guedes com lideranças empresariais

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniu na tarde deste sábado (4) com o presidente da CNDL, José César da Costa, e com membros da União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (UNECS) para discutir as medidas que podem ajudar a amenizar os impactos da Covid-19 no setor de comércio, serviços e empreendedorismo. “Foi um diálogo muito bom e que serviu para que o ministro se inteirasse sobre as dificuldades dos empreendedores em ter acesso aos recursos financeiros anunciados para capital de giro e folha de salários”, avalia o presidente da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas), Angelo Crema.

ANGELO CREMA

Sobrevivência. Crema também ressalta a posição de Guedes que atendeu a sugestão feita pelo presidente da CNDL que propôs considerar como ponto facultativo os feriados de 2020, exceto, a sexta-feira paixão (10/04), o Dia do Trabalho (01/05) e o Natal (25/12). Assim como permitir a abertura dos comércios aos domingos em âmbito nacional, sem o custo decorrente de convenções coletivas. “Queremos trabalhar o mês inteiro. Queremos manter os empregos e a sobrevivência das empresas”, exorta.

O dirigente lojista reforça que a videoconferência com mais de três horas “foi muito importante pois abordou pontos que ele (Guedes) não estava sabendo. Nos surpreendeu muito e o ministro da mesma forma ficou muito surpreso ao tomar conhecimento, por exemplo, que a Medida Provisória lançada para financiar a folha de pagamentos, com carência de três meses, ainda não havia sido concretizada. O recurso ainda não chegou aqui na ponta, ou seja, na rede bancária próxima do pequeno e médio empreendedor. Ele não sabia disso”.

Cadê o dinheiro? Crema observa, de outra parte, quanto ao anúncio de R$ 300 bilhões para capital de giro. “Os recursos também ainda não estavam disponíveis aos interessados. O empresário vai no banco e a resposta é não! Tanto da rede pública quanto privada. O empresário cobra das entidades aonde está esse dinheiro. Liga pra CDL. A gente luta junto aos gerentes dessas instituições e nada de liberação”, diz.

Ao final do diálogo, ficou acertada a criação de um comitê dessas entidades de classe como forma de ser feita uma “engenharia reversa”. Quando de um novo encontro, o ministro Guedes receberá informações atualizadas sobre o cumprimento de medidas provisórias da área econômica. “Vamos explicar se o crédito chegou na agência bancária para garantir o pagamento dos colaboradores e para capital de giro”, finaliza Crema.



Gostou? Compartilhe nas redes sociais.