Por Lúcio Castellano

A data ganha cada vez mais espaço no calendário do varejo; consumidores aguardam pelos descontos para fazer suas compras, e o comércio em geral deve se preparar com suas promoções
Em sua décima edição no Brasil, a Black Friday está cada vez mais presente no varejo físico e traz consigo otimismo por parte dos comerciantes que pretendem aproveitar a data para prospectar e fidelizar novos clientes (57%). Outra parcela do empresariado (25%) diz que irá fazer queima de estoque com peças que estão paradas há muito tempo, conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
“Nós vivemos um momento positivo para o comércio e outros setores produtivos. O País vive um período de crescimento econômico satisfatório. Então, com certeza, esta semana, especial no dia da promoção da Black Friday, esta sexta-feira 29, vai melhorar as vendas e esperamos um crescimento em torno de 4%, em relação à promoção do ano passado”, avalia o presidente da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas).
“Bota-fora”. Angelo Crema disse que o momento é “muito bom” para o consumidor nas lojas de Uberaba e que “podem encontrar produtos com preços ótimos”. Para o lojista, da mesma forma, disse ele, a semana é favorável para entrar na campanha promocional para vender, por exemplo, algum produto parado na vitrine, e assim dando espaço para a chegada das novas coleções que chegam para o final de ano, nas áreas de calçados e vestuário, bem como de eletroeletrônicos com novas tecnologias.
“Deixar mercadoria parada, depois não vai adiantar liquidar. Vale a pena aproveitar a semana Black Friday”, observa o dirigente lojista.
Ainda de acordo com o levantamento da CNDL/SPC Brasil, cresce para 39% o número de consumidores que só devem comprar na Black Friday se descontos valerem a pena. Pesquisa mostra que houve um aumento sete pontos percentuais entre os que vão avaliar ofertas antes de fechar negócio; metade tem intenção de participar do evento este ano. Gasto médio estimado por pessoa é de R$ 1.132. 40% devem passar madrugada conectados à internet para conseguir boas ofertas. Itens de vestuário, eletrodomésticos e smartphones lideram ranking de produtos mais procurados; 72% planejam pagar compras à vista
Metodologia - A pesquisa realizada pela CNDL ouviu 1.177 empresários de todos os portes que atuam no comércio e no setor de serviços nas cinco regiões do país, tanto nas capitais quando no interior. A margem de erro é de no máximo 3,00 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%.