O volume de consumidores com contas em atraso voltou a subir no período de janeiro a abril, segundo apurou o SPC Uberaba (Serviço de Proteção ao Crédito), órgão mantido pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Aciu (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba). De acordo com o indicador das duas entidades, nos primeiros quatro meses do ano, frente a igual período do ano passado, houve um aumento de (+) 14,99% nos registros de inadimplentes. Em contrapartida, cresceu (+) 9,82% a quantidade de pessoas que quitaram débitos e foram excluídas do sistema.
Ao informar o balanço da inadimplência em Uberaba, na manhã deste sábado, o presidente da CDL, Fulvio Ferreira, observou que o aumento de consumidores incluídos como devedores no SPC reflete as dificuldades do atual cenário macroeconômico com piora dos índices de renda e aumento das demissões. Apontou, ainda, que a restrição limita o potencial de endividamento das pessoas, mas, por outro, a queda da renda impõe ao consumidor dificuldades para pagar dívidas e honrar seus compromissos financeiros.
“O setor lojista de Uberaba, a exemplo do que ocorre no resto do Brasil, está transitando por águas muito turbulentas em 2016. Vemos que o lojista está muito atento com seus negócios. O cliente atrasou, a loja entra com cobrança e envia o nome para o SPC. Da mesma forma, em outra frente, o cliente tem um atraso, mas logo acerta os seus débitos”, expôs o dirigente lojista.
CDL e o governo Temer
Fulvio, de outra parte, ao analisar os primeiros dias do governo interino do presidente Michel Temer, comentou: “Estamos vivendo, agora, dias com um pouco de otimismo. Esperamos que o novo governo faça a lição de casa, através da redução de despesas, além de fazer os cortes necessários para que num futuro muito próximo retome investimentos. Que todas as áreas sejam beneficiadas e a economia volte a girar, desde o micro até o grande empreendedor , especialmente em Uberaba que, apesar de tudo, não está sofrendo tanta crise quanto em outras cidades do País”. A foto é de recente encontro de Fulvio com o presidente interino Michel Temer, em Brasília.
Quanto à carga tributária, Fulvio diz que se aumentar imposto “será péssimo” para o comércio e o setor empresarial como um todo. “Menos imposto proporciona mais circulação de produtos e riquezas”.