Em Uberaba, o consumidor que precisa resolver problemas relacionados a dívidas em atraso pode procurar, além do próprio estabelecimento credor, os postos de atendimento do SPC, na CDL e na Aciu
Os consumidores com dívidas, inscritos em algum serviço de proteção ao crédito (SPC) ou na Serasa, que centraliza os serviços de cobrança dos bancos, devem analisar com reservas os anúncios que prometem facilidades para retirar anotações de inadimplência, sem pagamento da dívida.
Em Uberaba, o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) é mantido, em parceria, pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Aciu (Associação Comercial e Industrial de Uberaba). O órgão difunde orientações da Serasa Experian, para que o consumidor não caia na farsa de quem promete excluir nome dos registros do serviço.
De acordo com o presidente da CDL Uberaba, Miguel Faria, essas promessas são formas de enganar o devedor. “Não existe uma fórmula mágica para ter anulação da dívida. O consumidor deve ter, portanto, toda a atenção necessária na hora de “limpar o nome” para não se tornar vítima de golpistas, e entender que a melhor opção para regularizar uma pendência financeira é procurar diretamente o credor ou obter informações nos balcões de atendimento instalados na sede da CDL, na Rua Luiz Soares, 520, Vila Olímpica e da Aciu, na Avenida Leopoldino de Oliveira, 3.433, Centro”, explica.
Feita busca para verificar o débito existente, o interessado deve se dirigir até á empresa para negociar. Assim que o documento for quitado ou parcelado, o nome é excluído do sistema e o consumidor passa a ser adimplente. Assim, o consumidor terá a certeza de que o débito será pago e a anotação de inadimplência será retirada dos órgãos de proteção ao crédito.
Na internet, por exemplo, é fácil encontrar sites que vendem manuais, kits e CDs com “informações” sobre como tirar uma anotação de inadimplência sem pagar a dívida, muitas vezes com métodos ilegais. Em média, o consumidor desembolsa de R$ 20 a R$ 50 para obter as “dicas”.
Há, ainda, casos de empresas que se oferecem como intermediárias da renegociação da dívida, cobrando pelos serviços e outras taxas, e depois desaparecem sem fazer a quitação do débito. Outras vezes o cliente é orientado a fazer depósito prévio, para assegurar o pagamento do serviço, e ao perceber o golpe, não resta nada a fazer, pois essas empresas não têm endereço físico.
“Empresas chegam a prometer excluir o nome do SPC, em tempo recorde, sem a quitação. Pegam a entrada do cliente e depois simplesmente somem do mercado. O devedor continua devedor, pois embora confiando em terceiros, não teve solucionado o seu problema”, finaliza Miguel Faria.