Por Lúcio Castellano
Palestra “Performance de cobrança diante dos desafios da inadimplência”, pelo economista Amarildo Vieira Alves, coordenador de Cobrança e Faturamento da Algar Telecom, ministrada na noite nesta quinta-feira (23/6), no auditório da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas), deu continuidade ao ciclo de cursos e palestras promovido pela entidade para este mês de junho. Parceria da CDL com a Algar Telecom viabilizou o evento.
Tanto o diretor regional da Algar Telecom, Luiz Eduardo da Cunha Pepe, quanto o presidente da CDL, Fulvio Ferreira, manifestaram a necessidade de o país reencontrar o caminho do crescimento e, ainda, segundo eles, nada melhor que os empreendedores estejam preparados desde agora, como se viu na palestra, quando 150 participantes buscaram informações e conhecimentos sobre a realidade brasileira, em especial, na área econômica.
Em sua apresentação, o palestrante Amarildo falou sobre o Cenário Econômico (desemprego, recessão, contexto das empresas fechadas, solicitando recuperação judicial); Endividamento do Consumidor (não paga em dia), e Como fazer então? (agilidade, prioridade do pagamento, resolver em um único contato).
“Vivemos, hoje, uma crise sem precedentes que se assemelha à dos anos da década de 1930, período que um aparato de recursos foi utilizado, de uma forma não muito produtiva, fazendo com que pensássemos que éramos mais ricos do que realmente éramos. E, esse gasto, trouxe um ônus que hoje é a conta que toda a sociedade começa a pagar”, expôs.
O desemprego, de outra parte, pontuou Amarildo Alves, também gera graves problemas para a massa de pessoas que se encontram hoje sem recursos para poder manter principalmente todos os seus bens, seus financiamentos, sua casa e, inclusive e o padrão de vida de antes. E acentuou: “Além de tudo, nós temos uma série de empresas [aquelas que não fecharam] que estão pedindo muita recuperação judicial. Isso traz um cenário de muito desemprego”, diz, ao advertir que “o dinheiro sumiu do mercado e as empresas não conseguem crédito como no passado havia”. Para ele, esse quadro deve perdurar pelo menos até 2018, para quando projeta a retomada do crescimento, ao ressaltar a credibilidade do comando econômico pelo ministro Henrique Meireles.
Quanto ao desemprego, ele disse que está próximo da marca de 12 milhões de pessoas. Para ainda este ano, de acordo com sua exposição, as estimativas apontam para mais de 2 milhões a 3 milhões de novos desempregados. Por isso, o consumo foi afetado, com redução nos últimos 13 meses e em todos os meses. “Apenas no mês de maio e, agora, em junho, surgiu um sinal de recuperação, motivado pelo movimento de vendas pelo Dia das Mães e pela credibilidade que o empresariado tem tido. Nos últimos 12 meses, a redução de consumo ficou entre 9% e 11%”, completou.