Por Lúcio Castellano O presidente da CDL Uberaba, Fúlvio Ferreira, diz não ter se surpreendido com a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que reconheceu o direito de uma empresa do Nordeste consultar o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) antes de contratar seus funcionários. O TST rejeitou um recurso do Ministério Público do Trabalho em Sergipe, que tinha o objetivo de impedir as pesquisas pela G.Barbosa Comercial Ltda., de Aracaju. Para o Ministério Público, a conduta da empresa era discriminatória e havia um dano moral coletivo. “Eu entendo a posição da empresa que fez a consulta, como perfeitamente compreensível. As empresas, hoje, têm que se acautelar de muitas situações. Os próprios índices de furtos a empresas nos últimos anos, e Uberaba é um espelho do que acontece no Brasil, resulta de informações privilegiadas, ou seja, de informações passadas por pessoas de dentro das empresas. Então, se o empresário não tiver todo zelo na hora de contratar, ele pode estar trazendo para sua loja um inimigo e que pode ser um informante para o crime”, diz. O dirigente lojista reforça, ainda, que os responsáveis por contratações devem consultar diversas fontes de informações, inclusive SPC, bem como buscar dados sobre o candidato junto à Polícia Civil, para saber se é fichado ou não e, se for o caso cobrar, às vezes, o nada consta. “As pessoas de bem não se incomodarão com as consultas buscadas sobre elas, pois vão se sentir ainda mais valorizadas”, observa o presidente da CDL. [caption id="attachment_6600" align="alignnone" width="237" caption="Fúlvio Ferreira"]Fúlvio Ferreira [/caption] Na opinião de Fúlvio Ferreira, com o assunto vindo à discussão, acredita que pode “aumentar sim” o numero de consultas ao SPC Uberaba, por empresas associadas, antes da contratação de funcionários. “Mas, seria um número muito pequeno, em relação ao volume de consultas que o órgão registra sempre”, acentua. O SPC Uberaba é mantido, em parceria, pela CDL e Aciu (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba). CENTRALIZAÇÃO NACIONAL - De outra parte, Fúlvio Ferreira informa que o sistema é centralizado no SPC Brasil, com grandes unidades operacionais em São Paulo e em Brasília.  E pontua: “Portanto, a base de dados é muito grande o que demonstra a capilaridade e a pulverização de todo o comércio varejista brasileiro. Todo comércio nacional nutre informações de um grande banco de dados, em nível nacional. E, essas informações, retornam para o comércio. Daí, a importância de todas as empresas associadas tanto à CDL quanto à Aciu consultarem o SPC que detém um banco de dados extremamente afinado com o varejo e atualizado com tudo que acontece no Brasil inteiro, em termos de proteção ao crédito”, comenta. Hoje, de acordo com Fúlvio Ferreira, acontecem muitas situações de o cliente ficar com o nome registrado no SPC. “Normalmente, as pessoas ficam com certo receio de procurar a loja credora para fazer uma negociação do débito. O SPC e, em especial, a CDL e a Aciu estão abertas para fazer essa ponte, entre o credor e o cliente devedor, para que se acerte da melhor maneira possível. Vale lembrar que, a partir do momento em que é formalizada a negociação, a loja já retira o nome do registro de inadimplentes do SPC. Isso é muito bom, porque facilita a vida de quem está, às vezes, em situação difícil, inclusive desempregado. Faz um acordo. Acerta parte da dívida. E volta a ser adimplente junto ao segmento empresarial”, diz. Por fim, Fúlvio Ferreira revela que a CDL hoje, conta com cerca de 2 mil empresas associadas. “A cidade vem crescendo e vem aumentando, também, a quantidade de empresas estabelecidas, em especial nos últimos meses, com relação aos empreendedores individuais. Isso demonstra o fortalecimento comercial da cidade, com destaque ainda para a área de serviços. “São mais pessoas que chegam para se somar às entidades de classe, para fazermos Uberaba ficar mais forte, através de suas associações de classe”, completa.

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