Por Lúcio Castellano
Com dificuldades em recuperar a arrecadação, o governo decidiu aumentar tributos para arrecadar R$ 10,4 bilhões e cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões. O Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e o etanol subiu para compensar as dificuldades fiscais, segundo nota conjunta, divulgada pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento.
Sobre o aumento dos combustíveis, praticado já a partir das primeiras horas desta sexta-feira, o presidente da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas), Fúlvio Ferreira, fez a seguinte manifestação:
“O governo federal, mais uma vez, vem como um trator assolando a economia da população, em especial das empresas. Esse aumento de combustíveis --que é muito grande-- chega até a R$ 0,60/litro, em alguns postos. A majoração é alta e impacta diretamente nos negócios. Muitas empresas dependem e fazem entrega, tais como, pizzarias, farmácias, autopeças etc... O impacto pode até não atingir o consumidor final, mas os custos operacionais da empresas que já são elevados. É uma notícia muito ruim para qualquer setor produtivo, especialmente para o comércio. A medida provocará, também, menos dinheiro em circulação. A economia vai ficar mais lenta e isso é ruim pra todo mundo. O governo só pensa em subir impostos, enquanto os brasileiros pagam a conta. Hora nenhuma a gente vê os três níveis de governo fazer a lição de casa, através da diminuição de despesas para a estrutura ficar mais leve, ou seja, menos pesada em termos financeiros. Nós povo, nós empresários continuamos pagando a conta. É um absurdo!”