O setor varejista comemora as desonerações na folha de pagamento do comércio anunciadas nesta quarta-feira, 19, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. O presidente da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas), Fúlvio Ferreira, afirmou, na manhã desta quinta, que a redução dos tributos “é muito bom, como um todo, para o Brasil”. Porém, ele diz esperar que o governo, ao desonerar de um lado, venha “pesar” de outro. E acrescentou: “O anúncio é recebido de forma positiva e até agradável nessa véspera de Natal”.
A medida contempla o comércio de forma abrangente, atingindo o empresariado de vários setores comerciais. Será uma redução de custos muito bem-vinda, um incentivo para os comerciantes. A desoneração vem em boa hora, já que, na ressaca pós-Natal, os meses de janeiro e fevereiro costumam ser mais difíceis para o segmento. A decisão é considerada, também, como incentivo à manutenção do emprego no comércio.
De acordo com Fúlvio, o varejo é muito sobrecarregado de impostos, tanto quanto, segundo ele ainda, outros setores da economia brasileira. “Por vender varejo, o setor paga em atacado. Recebe em varejo. E tem taxação pesada”, expôs.
A partir de abril, os empresários do comércio varejista passarão a pagar menor contribuição para a Previdência Social. Em vez de destinarem 20% da folha de salários para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), os lojistas passarão a pagar 1% sobre o faturamento.
O dirigente lojista observou, de outra parte, que o governo já percebeu que, se desonerar e cobrar menos vai ter uma base pagadora muito maior. “Assim, mais pessoas e/ou empresas vão querer manter seus negócios na formalidade, e não esconder nada. Essa legalidade facilita em 100% o tranalho de contadores, contabilistas e dos próprios empreendedores”, completou Fúlvio.
Ao todo, 22 ramos do comércio varejista serão beneficiados com a desoneração da folha. Entre os principais, estão lojas de departamentos, de materiais de construção, de equipamentos de informática, de móveis e de vestuário. Segundo Mantega, os supermercados ficaram de fora da medida porque o setor não quis aderir ao novo modelo.