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Industriais mineiros discutiram, nesta segunda-feira (15), a implantação da planta da Petrobras para produção de amônia em Uberaba. O investimento, anunciado pela empresa e pelo Governo Federal em 2011, depende da chegada de gás natural ao Triângulo Mineiro. O debate sobre a construção do gasoduto que abastecerá a fábrica foi liderado pelo presidente da Federação, Olavo Machado Junior, pelo ministro de Estado da agricultura, pecuária, pesca e abastecimento, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira, e pelos prefeitos Paulo Piau (Uberaba) e Gilmar Machado (Uberlândia). A CDL Uberaba esteve representada pelo primeiro vice-presidente, Orlando Geraldo da Silva.

Do encontro na Fiemg, ficou definida a realização de uma reunião, em Brasília, entre o empresariado mineiro, Cemig – que participa da construção do gasoduto –, Petrobras, os ministros Antônio Andrade e Edison Lobão (Minas e Energia), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a Advocacia Geral da União (AGU). O nó que impede a realização imediata da obra se dá justamente por um parecer da ANP apontando a obrigatoriedade da construção de um duto de transporte. Cemig, Governo de Minas e Petrobras alegam que somente atenderia ao projeto da planta de amônia, em custo e em prazo, um gasoduto de distribuição, interligando um já existente, no interior de São Paulo, ao Triângulo Mineiro.

“O tema une todos os mineiros. É preciso sensibilidade da Petrobras e da ANP com Minas Gerais. Temos matéria-prima e mercado consumidor para a amônia”, pontuou o presidente da Fiemg, Olavo Machado Junior. Utilizada como fertilizante e como base para a produção de ureia, é insumo para a produção agroindustrial. Para o ministro Andrade, a dúvida sobre o tipo de gasoduto não pode se transformar em gargalo para o Brasil. “Caminhamos para ser o grande exportador de grãos do mundo. Precisamos ser soberanos na produção dos insumos para isso”, afirmou.

Atualmente, o Brasil importa 70% dos fertilizantes usados na sua produção agrícola. Por isso, a Petrobras tem interesse na construção da planta, conforme informou a gerente de marketing e comercialização de gás natural e energia da Petrobras, Angélica Laureano. A planta de amônia projetada para Uberaba poderá produzir até 519 mil toneladas por ano. O investimento previsto pela empresa é de U$ 1,2 bilhão e a previsão é de que a fábrica esteja pronta em novembro de 2016.

Para a secretária de desenvolvimento econômico do Estado de Minas Gerais, Dorothéa Werneck, é preciso uma rápida solução da AGU para o imbróglio sobre o gasoduto. “O projeto industrial em Uberaba é para o contínuo crescimento da agroindústria no Brasil”, ponderou. O prefeito de Uberlândia, Gilmar Machado, engrossou o coro sobre a importância do investimento. “A amônia é para todo o país e o gás apoia o desenvolvimento do Triângulo e do estado”, disse. Paulo Piau ainda complementou, afirmando que a região mineira é estratégica, por sua localização, para a implantação da fábrica, minimizando riscos de transporte do fertilizante pelas rodovias.

Fonte: texto e foto Portal Fiemg

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