Por Lúcio Castellano

  As manhãs eram então caiadas de branco e tudo o que aparecia coloria; mesmo a boiada levantado o pó que aboiava no ar a coloratura do chão. J. A. Nabut LANÇAMENTO DO LIVRO CORREDOR DOS BOIADEIROS de Jorge Alberto Nabut, dia 18/julho/14, às 19h30, no Casarão do Centro de Cultura José Maria Barra, na praça Frei Eugênio, 231. A OBRA Durante dois anos, o jornalista e historiador Jorge Alberto Nabut dedicou-se às pesquisas sobre o trajeto que as boiadas faziam no perímetro urbano da cidade de Uberaba. O foco do autor é o trecho que as boiadas percorriam no bairro do Cachimbo, mais tarde, bairro do Fabrício, região cuja ocupação se deu em meados do século 19, quando ali se fixaram as tropas brasileiras em direção ao estado de Mato Grosso, no período da Guerra do Paraguai. O caminho das tropas e boiadas transformou-se em logradouro público, a rua Panamá (mais tarde, Carlos Tasso Rodrigues da Cunha), limite entre a cidade que se urbanizava e se industrializava, nos anos 1940, e a herança suburbana, com suas tradicionais chácaras. Num longo período de cem anos, a passagem das boiadas, pela região, unia extremos incomensuráveis, como várias cidades de Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, provocando intercâmbio e influências entre as regiões, principalmente sobre a economia e o comércio de gado. Até a chegada do caminhão, que muda a rota do trânsito do gado, como também altera a função e a importância de diversos trabalhadores anônimos, mas responsáveis pela atuação que a presente obra cuida de valorizar.

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