A fachada da sede da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas) amanheceu, sábado, dia 26 de setembro, com uma faixa simbólica para demonstrar a indignação do Movimento Lojista local e mineiro contra o aumento de impostos. Protesto foi iniciado em Belo Horizonte pela FDL-MG (Federação das CDLs de Minas Gerais), que recomendou às suas federadas que tomassem essa iniciativa.
Na próxima segunda-feira (28), às 14h, será a votação do Projeto de Lei 2817/15, no Plenário da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, para aumentar no Estado o valor da alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) da energia elétrica, da telefonia em geral e vários outros produtos. O projeto altera a Lei 6.763, uma consolidação da legislação tributária.
De acordo com o presidente da CDL Uberaba e vice-presidente da FFCDL-MG, Miguel Faria, as mais de 200 CDLs mineiras irão estar representadas na votação deste projeto de autoria do governador Fernando Pimentel, para mostrar “a indignação do varejo mineiro, bem como que o setor produtivo não quer, não merece e não vai aceitar mais impostos”, ao acrescentar que a matéria propõe o aumento de 18% para 25% na alíquota do ICMS da energia das classes industrial, comercial e de serviços, além da alíquota de outros produtos como ração pet, telefonia em geral, bebidas, perfumes e outros itens. A CDL Uberaba estará representada pelo primeiro vice-presidente, Orlando Geraldo da Silva.
“Exigimos uma melhor administração dos recursos públicos”, diz o dirigente lojista, ao reiterar seu pedido de socorro em nome dos cedelistas e lojistas mineiros. O PL que institui o reajuste tarifário foi encaminhado pelo governo à Assembleia no último dia 28 de agosto. Com a nova ofensiva, Miguel Faria argumenta que as empresas de Minas perdem capital de investimento, além de ter onerado os custos de toda cadeia produtiva, enquanto o Estado verá sua competitividade ainda menor em relação a outras unidades da federação e, ainda, perda de empresas e novos investimentos. Na ponta do processo, acentua, “a triste realidade do desemprego”.
As CDLs espalhadas pelo Estado pediram aos cedelistas, lojistas, empresários e cidadãos que entrem nesta luta com o Movimento Lojista, comparecendo nesta audiência, para pressionar o governo e seus aliados a desistirem do aumento, com o argumento de que o setor varejista mineiro clama por incentivos para crescer e desenvolver, além da gestão eficiente do dinheiro arrecadado pelo governo.
“Não dá mais para agüentar mais impostos nesse País. O governo precisa, em verdade, reduzir sua máquina, enxugar custos e não transferir seus erros para nossas costas. Não suportamos mais”, finalizou Miguel Faria, ao conclamar os eleitores da região polarizada por Uberaba para que questionem o posicionamento de voto dos deputados estaduais ao projeto do governador Pimentel.