No comércio eu sou cliente, no hotel sou hóspede, para as receitas fazendárias sou contribuinte, para o serviço público sou usuário. Se estou num consultório eu sou paciente, no transporte sou passageiro.
Descobri, porém, recentemente, que também sou "próximo".
É claro que em alguns tipos de estabelecimentos a formação de filas é inevitável.
O que é questionável, em verdade, é a forma como você é chamado. O "próximo" pode até ser um pronome usual em filas mas precisa vir acompanhado de um sorriso.
Todos nós passamos por situações de fila, seja numa grande loja, nos Correios, no supermercado ou numa loteria. Em geral em pé. Some-se cansaço, pressa, calor entre outros até que chega a sua vez. E de repente você ouve: PRÓXIMO!
E ouve um chamamento pouco simpático, rude, áspero!
Ora, ninguém fica numa fila por longos minutos porque gosta, porque é o seu hobby. Tampouco ninguém fica trabalhando num Caixa por longas horas, às vezes em pé, porque quer.
Então, cabe às partes um mínimo de simpatia, um mínimo de respeito. E o que se espera da pessoa que está no atendimento é gentileza porque quem está tratando com pessoas precisa sim gostar de pessoas.
Então, se você está nesta situação, sugiro que comece a mudar. Da próxima vez que for chamar o cliente abra um sorriso e diga "próximo"!
E se puder, faça mais.
Além do sorriso, chame o cliente e diga:
O próximo, por favor!
(*) Fúlvio Ferreira
Empresário, palestrante e treinador de equipes.
Ex-presidente da CDL Uberaba e atual vice-presidente da Federação das CDL's de Minas Gerais 

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