(*) Fúlvio Ferreira

Um amigo solteirou recentemente. E a primeira atitude que fez foi montar uma casa. Por opção ele deixou quase tudo com a sua ex-esposa, isto equivale dizer que precisou comprar muita coisa.
Ele me contou que foi numa loja, no horário de almoço e a única atendente estava contando uns parafusos. Quando ele chegou, ela levantou os olhos e olhou para ele e disse absolutamente nada, sequer sorriu ou meneou a cabeça. Neste instante ele olhou para a amiga que o acompanhava e se retiraram.
Na loja seguinte ele foi atendido por um rapaz que já foi logo falando: "E aí fera, o que vai ser hoje?"
Esse meu amigo, por mais jovem que seja, achou muito forçosa e invasiva esta forma de saudação todavia respondeu dizendo que queria uma mangueira para o gás. O rapaz respondeu perguntando: de um metro ou metro e meio? Após a resposta volta o rapaz com um rolo de mangueira para cortar o tamanho pedido; meu amigo pensou, este rapaz é um pândego ou mal treinado?
Mas então o vendedor amarrou a mangueira, colocou na sacola, anotou o valor num papel que o entregou mostrando o caixa. Meu amigo disse, eu preciso também das peças de encaixe, a resposta, uma ou duas? Buscou duas. Meu amigo ainda pediu o regulador, ralos, tampas para ralos, cadeados e outras miudezas.
Este vendedor, logo na saudação, tentou ser simpático mas assustou o cliente. Qualquer pessoa que está em contato direto com outras, sendo atendente, vendedor ou assemelhado, precisa falar a língua do cliente; se o cliente é de "bom dia", fale bom dia; se ele é de "e aí vei, belê?" trate-o desta forma. E durante o atendimento ofereça o máximo que puder, converse com o cliente, entenda as suas necessidades e vontades e faça tudo por ele.
Isso aumenta as vendas, resolve o problema do cliente e ainda o fará se tornar fã do seu trabalho.
E quando o cliente gosta, ele volta; quando o cliente se torna fã, ele indica para os seus amigos.
Atender bem não é difícil, basta ter conhecimento, treinamento e gostar do que faz!
(*) Fúlvio Ferreira

Empresário, palestrante e treinador de equipes. Ex-presidente da CDL Uberaba e vice-presidente da FCDL-MG

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