Por Lúcio Castellano
Concorrida palestra magna proferida por Dagoberto Hajjar, sobre o tema “Economia e Tecnologia e os impactos no mercado”, deu sequência na noite desta quarta-feira (25), no Centro de Cultura “José Maria Barra”, à rica programação de eventos dentro da 2ª Rodada de Negócios de Uberaba, promovida pelo Sebrae Minas e que tem a CDL Uberaba como uma das entidades apoiadora. Também são parceiros na promoção: Aciu, Prefeitura de Uberaba, Fiemg Regioonal Vale do Rio Grande, Sindicomércio e Sindicato Rural de Uberaba.
Eis, a seguir, alguns tópicos de entrevista concedida por Dagoberto Hajjar:
ANOS DE CRISE – “Nós esperávamos que o Brasil fosse a grande bola da vez, em 2011, e o que a gente viu foi que, em 2012, a nossa economia não andou da forma como a gente gostaria. 2013, também não. E, as perspectivas para 2014, não são boas. São três anos de uma economia fraca. As empresas ganhando menos dinheiro. Vão ter que fazer uso intenso de tecnologia para aumentar a sua eficiência operacional, para poder vender mais e melhor e, com isso, terem sobrevivência nesses três anos de grande crise no Brasil”.
FALTA CONFIANÇA – “Os analistas internacionais olham para a economia do Brasil e acham que está totalmente fora de controle. Então toda parte de inflação, câmbio, enfim, todas as políticas econômicas do governo não dão segurança para o investidor internacional de que a gente esteja fazendo a coisa correta. E, por conta disso, muitos dos investimentos que viriam para o Brasil estão indo para o México, Chinas e outros países”.
CUSTO BRASIL – “A carga tributária tem um componente bastante grande. Mas não é só isso. É mais um dos problemas que temos no Brasil. Além do custo Brasil, há outros fatores tais como logística para fazer chegar os produtos a preços competitivos. Temos dificuldades de infraestrutura [portos, estradas]. Então fazer negócios no Brasil, é muito mais difícil do que em outros países. Empresas que começam a ter presença internacional preferem botar o dinheiro num lugar que seja mais fácil de remunerar”.
ATENÇÃO PEQUENOS - “Quando do início da crise, as grandes multinacionais foram as empresas que mais sentiram. E, principalmente, as que estavam em São Paulo. Agora, já passados dois anos, ainda com gente em crise, as empresas menores começam a sentir isso pesadamente. Empresas pelo Brasil todo. O pequeno empresário ao passar, agora, de 2013 para 2014, vai sentir isso muito drasticamente. E vai ter que fazer uso de tecnologia para poder superar isso e ter um ganho que não tinha no passado, como forma de tentar minimizar o efeito da crise”.
E, para o presidente da CDL Uberaba, Miguel Faria:
“É de fundamental importância aliarmos tecnologia ao momento de crise. A economia está passando por muitas mudanças. É preciso que estejamos atentos e aproveitarmos dessas mudanças de forma positiva, para que nossos negócios possam crescer. É no momento de crise que precisamos atingir níveis de crescimento. A tecnologia é grande aliada nossa, no fortalecimento de nossas empresas. Além disso, devemos busca de parceiros para desenvolver nossas atividades. A Tecnologia nos possibilita reduzir custo e obter ganho em produtividade”.