O Carnaval passou, a festa acabou. As cinzas chegaram. Para quem é de festa daqui há pouco tem mais.
Me lembro, num passado não muito distante, dos bailes nos clubes da cidade. Houve um tempo em que todos os clubes realizam bailes. Na avenida, no centro da cidade, haviam os desfiles.
 
Com o passar do tempo este Carnaval deixou de existir. Foi substituído por outro. Talvez mais democrático; mais exigente; mais caro para o Poder Público. O povo nem sempre vai. Mas cobra eventos como em Campina Verde ou Sacramento. Ou igual ao de Prata ou Ituiutaba. Mas a essência dos velhos carnavais não pode ser esquecida. Os desfiles também não podem ser abandonados.
 
Aí sobra um grande desafio para a Fundação Cultural: agradar gregos, troianos e baianos. Lembrando que a maioria não frequenta nada, em hipótese alguma. Mas falar, criticar e palpitar é com todos. Fazer comparações então ...
 
Pois peço licença, vou na contramão. Parto do princípio que todos vivemos o Carnaval, ou melhor, os dias, o período de Carnaval. Agora, frequentar as festas, os desfiles e outras programações isto é para poucos. Não tenho procuração para defender mas posso reconhecer e elogiar o trabalho realizado pela Fundação Cultural. Um trabalho que procurou atender todos os gostos e paixões: seja das marchinhas, dos desfiles ou dos shows. Todos foram contemplados. Todos que gostam e curtem!
 
E nós, os demais, aproveitamos à maneira de cada um.
Tendo, porém a sensação de que se gastou demais para agradar poucos.
Mas isto também é Carnaval!
 
Fúlvio Ferreira
Presidente da CDL Uberaba
Depoimento ao "Coluna Sete", da Rádio Sete Colinas (AM-1120), de Uberaba

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