Por Lúcio Castellano

Conforme a entidade o uso incorreto do uso de aparelhos móveis afeta o desempenho no trabalho. As tecnologias de internet móvel como as redes 3G, 4G, Wi-Fi, permitiram o acesso às redes sociais como o Facebook e o WhatsApp em qualquer lugar.

Mas a facilidade generalizada em se comunicar, começa se tornar um problema, especialmente no ambiente de trabalho.

De acordo com o presidente da CDL Uberaba (Câmara de Dirigentes Lojistas) e vice-presidente da FCDL-MG (Federação das CDLs de Minas Gerais), Miguel Faria, empresas começaram a restringir o uso do celular, em especial para o acesso de redes sociais.

“Ainda não temos um percentual definido do número de empresários que estejam repudiando o uso do WhatsApp e Facebook”, disse. Isso porque, segundo Miguel, o uso abusivo vem incomodando e dispersando a atenção do empregado. “O que acaba prejudicando o trabalho”, observou.

Normatização – Conforme o dirigente lojista, muitas empresas estão proibindo o uso da comunicação móvel, pois, a seu ver, os empregados não sabem utilizar as redes sociais. “Quando se utiliza para a área pessoal traz um resultado negativo. O que pode atrapalhar o andamento do trabalho”, disse, ao defender a normatização de regras para solucionar o problema. As empresas vão ter que mostrar aos seus colaboradores, o prejuízo que pode causar o uso descontrolado de redes sociais durante o trabalho. Recomenda que as definições sejam formalizadas entre as partes.

Algumas empresas, expôs, já fizeram algum tipo de adequação, inclusive de liberar o acesso às redes sociais nos intervalos.

“Fora isso, o funcionário tem que estar atento ao seu tipo de trabalho”, enfatizou. Miguel Faria acredita, contudo, que o WhatsApp, por exemplo, tem utilização diversa. O positivo, aponta, é de dar muita velocidade às informações. “Hoje, consegue-se negociar pelo WhatsApp, mais do que pelo e-mail. Mas, se não for utilizado de forma correta, pode desconcentrar, levando o funcionário a errar no seu serviço”, diz.

Em alguns casos específicos, empresas utilizam de redes sociais para incrementar seus negócios. “Mas a grande maioria (das empresas) ainda não sabe utilizar essas ferramentas de comunicação e que são uma grande potência. Eu, por exemplo, participo de redes de empresários, para troca de informações, em, tempo real. Isso nos facilita na tomada de decisões rápidas”, citou.

Depois de observar que, quando se acessa às redes sociais, a pessoa está com o mundo às suas mãos, Miguel Faria acentuou: “Então, se você dispersa o seu foco, pode perder um cliente na sua empresa. Hoje, temos que somar forças para que o comércio esteja cada vez mais forte. Infelizmente, em alguns estabelecimentos, cliente chega e o vendedor está nas redes sociais. Isso, para nós, é motivo de muita tristeza. Durante o horário de trabalho, todo sistema tem que ser utilizado em benefício da empresa”.

Vilões - O diretor de Tecnologia e Informática da CDL Uberaba, José Adolfo da Silva Júnior, por sua vez, entende que “o ideal é que o empresário reúna os funcionários e proíba o acesso do celular no horário de expediente, exceto nos intervalos. Em contrapartida, libere o telefone da empresa para receber ou fazer ligações de emergências”.

A propósito, ele ministra cursos para associados da entidade, cujo conteúdo foca a importância das redes sociais como estratégias de comunicação empresarial.

No seu entendimento, o vilão não é só o WhatsApp, que é apenas um dos mensageiros instantâneos que toma cerca de 13% do trafego de internet móvel no pais.

“De acordo com estudo da Ericsson divulgado há dois meses, a rede social Facebook, que também tem mensageiro instantâneo lidera com 28%, seguido pela rede social de videos YouTube com 15% e o navegador Chrome com 16%, outros aplicativos semelhantes ocupam os demais 22%”, finalizou.

Gostou? Compartilhe nas redes sociais.