Lúcio Castellano – MG 04052 JP
Expectativa de crescimento na comercialização fica acima de 2%, em 2013
As vendas a prazo no comércio varejista uberabense se mantiveram estáveis no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2012, de acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira (12) pelo indicador mensal do SPC Uberaba (Serviço de Proteção ao Crédito), mantido em parceria pela Aciu (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba) e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). Quando a análise comparativa é de junho’13 diante junho’12, o volume de consultas apresentou crescimento de 7,10%, resultado da boa movimentação gerada pelo Dia dos Namorados.
“O primeiro semestre pode ser considerado como favorável, se comparado ao ano passado, embora, no acumulado, as informações prestadas pelo SPC Uberaba tenham registrado estabilidade”, observou o presidente da CDL Uberaba, Miguel Faria, para quem “a economia está se adequando aos poucos, a exemplo da inflação”. Disse que o segundo semestre costuma ser mais aquecido para o comércio. Por isso, ele projeta que o varejo deve fechar o ano crescendo em torno de 2% a 3%, ante o fechamento do ano passado.
Inadimplência em queda
Os registros de inadimplência [CPFs negativados] apurados pela base de dados do SPC Uberaba fecharam em queda de (-) 24,17%, no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2012. Quando o comparativo é feito junho’13/junho’12, as novas inclusões de inadimplentes tiveram diminuição de (-) 28,80%. Ao avaliar este ponto Miguel Faria considerou que o consumidor uberabense “está aprendendo a fazer planejamento orçamentário na tomada de crédito. Isso é positivo, porque o comércio vende e, principalmente, vai receber”.
Também os registros motivados pela emissão de cheques sem fundos apresentaram diminuição de (-) 7,69%, de janeiro a junho deste ano. E, junho’13/junho’12, o resultado seguiu a tendência e fechou em (-) 31,12%. “São dados interessantes e evidenciam as condições atuais fixadas pelos bancos para abertura de contas e liberação de folhas de cheques”, diz. Miguel Faria assinalou que, assim, o comércio poderia aproveitar e receber mais com cheques, porém, depois de consulta com antecedência e manutenção de cadastro atualizado de clientes.
Projeção nacional
Na primeira metade do ano, uma combinação de fatores prejudicaram as vendas. “A inflação alta — acima da meta estipulada pelo governo —, o dólar mais caro — fonte de pressão de aumento dos preços —, os juros mais altos — que encarecem o crédito — e a baixa produção industrial — que acaba reduzindo a oferta—, são os principais combustíveis que inibiram o consumo no último mês”, de acordo com avaliação divulgada pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e SPC Brasil.
Na avaliação do presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, a passagem do primeiro para o segundo trimestre do ano marcou uma mudança no ambiente econômico do país. ”No melhor dos cenários, estamos trabalhando com uma inflação que deve fechar o ano no intervalo de tolerância da meta, o que ainda assim continua sendo muito alta. O que vem servindo para atenuar essa desaceleração nas vendas são o aumento da renda real e o baixo índice de desemprego”, completou.
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Com informações da CNDL/SPC Brasil