Por Lúcio Castellano

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Uberaba), órgão mantido pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e pela Aciu (Associação Comercial e Industrial de Uberaba), divulgou nesta quinta-feira (28), o levantamento sobre o volume de consultas ao sistema ao período de 1º a 25 de dezembro deste ano em relação ao período natalino de 2022.

No comparativo anual, a quantidade de potenciais consumidores consultados no banco de dados apresentou queda de (-) 0,65%. Vale assinalar, no entanto, que a apuração não leva em conta compras com cartão, por PIX, dinheiro etc...

Em contrapartida, os registros de novos inadimplentes apresentaram redução de (-) 7,94%. Os cancelamentos de pessoas incluídas no SPC aumentaram (+) 42,61%. Ou seja, menos negativados e mais adimplentes para novas compras, respectivamente.

A comentar sobre esses percentuais especialmente quanto às consultas, o presidente da CDL Uberaba, Fernando Xavier (foto), disse que o consumidor está cada vez mais adaptado às inovações de pagamentos online.

“Nas negociações nas lojas físicas o consumidor ainda prefere o uso dos cartões e também do dinheiro”, sinalizou ele, ao citar que, em contato com alguns lojistas associados pode avaliar que, no geral, as vendas natalinas cresceram entre 15% e 20%; alguns segmentos ultrapassaram esta faixa percentual.

Segundo o dirigente lojista, o resultado do balanço parcial do mês de dezembro pode ser considerado como “bom” e revela a importância da consulta ao sistema na hora de vender a crédito e do registro no SPC Brasil para combater a inadimplência, isto é, caso as consultas apresentem algum tipo de restrição, o sistema recomenda a não concessão de crédito ao consumidor.

“Tradicionalmente, após o Natal, temos o período da troca de presentes que proporciona novas vendas e um bom movimento nas lojas até o final do mês época, também, que a cidade recebe muitos visitantes”, diz.

Ao incluir clientes devedores no SPC, o empresário contribui para combater a inadimplência e evita que esses consumidores com restrições tenham acesso ao crédito. O registro pode até mesmo estimular o inadimplente a buscar uma forma de acertar suas pendências junto ao mercado, para voltar a comprar.

Enquanto isso, o cartão de crédito tem reinado como o tipo de pagamento mais aceito pelo comércio eletrônico no Brasil. Contudo, a concorrência cresceu nos últimos três anos, especialmente com a chegada do PIX, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, e o chamado BNPL (compre agora, pague depois).

Lojistas têm incentivado o pagamento pelo PIX, inclusive em alguns casos, os clientes encontram descontos até acima de 5% do valor da compra. De acordo com pesquisa da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil, o PIX já é o segundo meio de pagamento mais utilizado no país, praticamente empatado com o dinheiro.

O resultado aponta as modalidades de pagamento mais utilizadas pelos brasileiros são: dinheiro (71%), PIX (70%), cartão de débito (66%) e cartão de crédito (57%). O contexto ajuda a explicar o fenômeno chamado PIX, sistema de pagamentos instantâneo e gratuito para pessoas físicas e jurídicas, criado pelo Banco Central em 2020.

Gostou? Compartilhe nas redes sociais.